Na inércia dos dias
O desejo
No impulso de música
A suspeita
Ardi febril na falta tua.
***
Catado à embolia existencial
Rumei ao rol ocidental
Onde da luz de spots
Rebanhos se nutrem
A fresca mancebia
Seus ramos espalha
E a caça lancina
Por um prazer leviano
E, na flâneurie que traço
Onírico, em plagas virtuais me acho
E eis que em ti a retina encaixo
Teus olhos nos meus
Feitiço que afunda
Minh’alma, turba que raios ferve
Na elíptica quimera do dia
Vejo-te a planar, Vênus amante
Fugindo a meus poros
Pela escada rolante
Te grito em cada célula minha
E a infame sina que advinha
Tua mole fuga e arredia
Dentre um mar anônimo te perdias...
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